quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Quando estou fraco, então é que sou forte!

“Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte” (2 Coríntios 12:10)

Estava vendo hoje um vídeo do Rev. Caio Fábio, onde ele relata com muita franqueza e, diria eu, muita coragem até, o episódio da sua “queda”. Ele diz que caiu, não quando “explodiu” a notícia do seu divórcio, por exemplo, mas sim quando ele estava no topo. Ele era “o espelho e a realização pessoal daqueles que nunca conseguiram chegar lá”. Em certo momento do vídeo, ele disse algo que me chamou a atenção. Ele agradece a Deus pelas suas fraquezas, tirando assim o fardo das suas costas; o fardo de ter de ser “perfeito” quando nenhum de nós de fato o é; o fato de ser um “santo” para muitos, quando isto na realidade é um processo; o fardo de ser padrão, quando na realidade, nosso padrão é, e deve ser Jesus!

Especialmente nesses dias, tenho sido “açoitado” por pensamentos perturbadores. Minha alma tem sido invadida, sacudida, revirada, por momentos tenebrosos. Tenho a sensação de que alguém recolheu todos os vestígios de pecado que assolaram a minha vida até aqui, e os apresentou em uma bandeja. “O que está acontecendo comigo, Senhor?” Pergunto eu em meio ao turbilhão de informações que chegam à minha mente. Será possível que, enquanto me achego aos pés do Senhor, sou confrontado com todo o meu pecado, ao ponto de me sentir indisposto e rejeitado? Serei eu assim tão fraco? Tão débil? Tão superficial? Tenho o sentimento de Paulo: “O que faço não entendo. Pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço” (Romanos 7.15).

Tenho buscado a face do Senhor, meditado em sua palavra, escrito artigos, preparado sermões, praticado o evangelho, e quando olho para dentro de mim, só há lixo e refugo em minha mente e em meu coração. As palavras do Caio ainda falam ao meu coração: “Agradeço a Deus pelas minhas fraquezas…”

Santificação é um processo. Temos aprendido isso. Estou no processo… O apóstolo Paulo, comentou que foi lhe dado um espinho na carne para que ele não tivesse do que se gloriar, se não de Cristo. Ele encontrou em suas fraquezas, algo que o aproximasse do Senhor. Ele disse:
“ […] Mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas” (2 Coríntios 12:5).

Durante algum tempo tenho tentado [com esforço próprio e inútil] chegar a um patamar de supremacia, de excelência, de nobreza, de perfeição espiritual. Não que isso seja ruim, entretanto, se não devidamente orientado, pode nos levar a um nível perigoso de “independência”. A linha que separa a “sensação do dever cumprido”, do orgulho e da soberba, é extremamente ténue. “Eu não sou forte o bastante. Eu não sou bom o bastante. Eu não sou perfeito o bastante. E nunca o serei aqui neste mundo”. Como disse o Pr. Lourenço dias antes de seu falecimento: “Obrigado Deus pelas minhas dores. Elas me levam para perto de ti”. Vale mais para Deus um coração sincero em arrependimento, do que uma alma que se vangloria da sua própria justiça!

Aquilo que eu pensava ser minha roupa de gala – os meus atos de justiça – eram na verdade trapos de imundícia, e estavam me afastando do Senhor. Mas o alerta da proximidade do inimigo me constrange à buscar refúgio na Rocha. “Estou seguro em ti, Jesus!”. Ah! Sabe o que o Senhor me disse hoje pela manhã? “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na [tua] fraqueza” (2 Coríntios 12:9)

Agora compreendo com mais clareza porque o Rev. John Piper – cuidando da própria alma, disse: “Não escreverei livros. Não haverá preparação de sermões ou pregações. Não escreverei nos blogs. Nem no Twitter. Não haverá artigos. Não haverá reportagens". Ele sentiu a necessidade de parar tudo, por algum tempo, e simplesmente estar aos pés da Cruz. Agora percebo porque Ana Paula Valadão escreveu uma canção que diz: “Porque te amo, eu paro todas as coisas. Porque te amo, me prostro aos teus pés. Porque te amo, escolho a boa parte, que é te adorar, Senhor”. Agora entendo com mais profundidade a letra da canção que diz: “Estou voltando à essência da adoração. E a essência és tu, Jesus”.

Por isso,
“De boa vontade, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pois quando estou fraco, então é que sou forte” (2 Coríntios 12:9b)

“Em obras!”
Joci

Um comentário:

  1. OI JOCI ADOREI SUA MATÉRIA E ESTOU SENDO AGORA UMA SEGUIDORA SEJA TAMBÉM MEU SEGUIDOR AGUARDO SUA VISITA OK PAZZZZZZZZZ

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